segunda-feira, 23 de outubro de 2017

Mapas Mentais Acadêmicos

[Tempo de leitura: 1'23'']

Mapa Mental é um recurso organizado e difundido por Tony Buzan, um psicólogo norte-americano.  Essa ferramenta de organização me auxilia na resolução de problemas, revisão de informações, gestão do meu tempo, minha memória e atenção e para desdobrar ideias.

Chamo de Mapas Mentais Acadêmicos o uso desse recurso para resumir livros e artigos, gerar ideias que se transformarão em artigos acadêmicos e o que para mim é mais importante: planejar a escrita acadêmica.

O cerne da proposta de Mapas Mentais é o termo “chave”, que funciona como um gatilho para a memória. A Palavra-chave unida com a Imagem-chave ativa a memória verbal com a imagem associada a uma narrativa construída. (BUZAN, 2009).

A imagem –chave ativaria, segundo Buzan (2009) o lado direito do cérebro onde se situa a base da memória. A palavra-chave, por sua vez, ativa o lado esquerdo do cérebro e é atrelada diretamente a um tipo de imagem. As palavras-chave, por sua vez, são representativas de todo um contexto. São palavras que representam frases e ideias completas.

O Mapa Mental Acadêmico se expande de dentro para fora, da ideia principal para as ideias secundárias e suas associações. Buzan chama isso de pensamento radiante. A partir das Associações e da Imaginação, a ideia principal ganha corpo e mais elementos que representam ideias mais completas e complexas, mas que o grande objetivo é construir um caminho de ação para as mesmas.

Fonte: Pinterest


O mapeamento dessas possíveis ideias é o que diferencia o Mapa Mental  de outras técnicas de organização para a escrita. O projeto acadêmico é visto como uma forma não-linear, podendo ser seguido e escrito mais livremente. E ainda, por apontar uma organização de percurso, delineia uma escrita mais coerente e planejada, diminuindo a procrastinação, pânico da tela em branco e mais, proporciona perspectiva. Saber quais serão os próximos possíveis passos dá um controle emocional importante para o desenvolvimento do projeto acadêmico.

Muitos alunos perguntam se podem alterar seus Mapas após a escrita da tese, monografia, artigo ou dissertação. A resposta é sim! Alterar os planos é perfeitamente possível. O Mapa é um sistema de organização da informação e como todo sistema, por de ser recalculado e reavaliado.

Para construir seu próprio Mapa Mental Acadêmico, eu recomendo você usar uma folha de papel sem pauta e algumas canetas coloridas. No centro da folha, coloque uma palavra-chave que represente o tema do seu projeto acadêmico. E, usando o pensamento radiante, puxe setas e esquemas que crie uma rede de associação de ideias entre a ideia principal e ideias que serão desenvolvidas em cada capítulo ou seção. E de cada palavra-chave, outras surgirão, como um enredamento por associação. Lembro que são palavras-chave ou, no máximo, frases-chave, nada de textos grandes. Os textos, nesse contexto, não cumprem seu papel de “gatilho” representativo, já que eles propõem exibir uma ideia completa.

Após o Mapa Mental Acadêmico estar estruturado, não se esqueça de demarcar com cores o conteúdo de cada capítulo ou seção. Usando cores distintas, você cria grupos associados de ideias no capítulo X, no capítulo Y, por exemplo.

O uso dos Mapas Mentais para mim é estendido a outros campos: planejamento de semanas e meses, uso para infraestrutura, compras do mês, planejamento de viagens, perguntas numa consulta médica, negócios, planejamento de palestras e aulas e organização em geral.

Os Mapas Mentais Acadêmicos são o centro do meu trabalho de mentoria, treinamento e oficinas de escrita. Trabalho outras técnicas muito importantes também, mas esta sem dúvida se destaca como um plano efetivo de organização, análise e orientação para uma escrita mais clara, organizada, intencional e com impacto acadêmico. Se você nunca fez um, recomendo muito que tente.
Na próxima quarta, 25/10, farei uma Live no Stories do Instagram, às 20h sobre Mapas Mentais Acadêmicos na Prática. Você está super convidado (a)!

Agradeço muito todas as mensagens de carinho.
Com amor,

Ju.

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Ju.