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Mapa Mental é
um recurso organizado e difundido por Tony Buzan, um psicólogo
norte-americano. Essa ferramenta de
organização me auxilia na resolução de problemas, revisão de informações, gestão do meu tempo, minha memória e atenção e para desdobrar ideias.
Chamo de Mapas
Mentais Acadêmicos o uso desse recurso para resumir livros e artigos, gerar
ideias que se transformarão em artigos acadêmicos e o que para mim é mais importante:
planejar a escrita acadêmica.
O cerne da
proposta de Mapas Mentais é o termo “chave”, que funciona como um gatilho para
a memória. A Palavra-chave unida com a Imagem-chave ativa a memória verbal com
a imagem associada a uma narrativa construída. (BUZAN, 2009).
A imagem –chave
ativaria, segundo Buzan (2009) o lado direito do cérebro onde se situa a base
da memória. A palavra-chave, por sua vez, ativa o lado esquerdo do cérebro e é
atrelada diretamente a um tipo de imagem. As palavras-chave, por sua vez, são
representativas de todo um contexto. São palavras que representam frases e
ideias completas.
O Mapa Mental
Acadêmico se expande de dentro para fora, da ideia principal para as ideias
secundárias e suas associações. Buzan chama isso de pensamento radiante. A
partir das Associações e da Imaginação, a ideia principal ganha corpo e mais
elementos que representam ideias mais completas e complexas, mas que o grande
objetivo é construir um caminho de ação para as mesmas.
O mapeamento
dessas possíveis ideias é o que diferencia o Mapa Mental de outras técnicas de organização para a
escrita. O projeto acadêmico é visto como uma forma não-linear, podendo ser
seguido e escrito mais livremente. E ainda, por apontar uma organização de
percurso, delineia uma escrita mais coerente e planejada, diminuindo a
procrastinação, pânico da tela em branco e mais, proporciona perspectiva. Saber
quais serão os próximos possíveis passos dá um controle emocional importante
para o desenvolvimento do projeto acadêmico.
Muitos alunos
perguntam se podem alterar seus Mapas após a escrita da tese, monografia,
artigo ou dissertação. A resposta é sim! Alterar os planos é perfeitamente
possível. O Mapa é um sistema de organização da informação e como todo sistema,
por de ser recalculado e reavaliado.
Para construir
seu próprio Mapa Mental Acadêmico, eu recomendo você usar uma folha de papel
sem pauta e algumas canetas coloridas. No centro da folha, coloque uma
palavra-chave que represente o tema do seu projeto acadêmico. E, usando o
pensamento radiante, puxe setas e esquemas que crie uma rede de associação de
ideias entre a ideia principal e ideias que serão desenvolvidas em cada
capítulo ou seção. E de cada palavra-chave, outras surgirão, como um enredamento
por associação. Lembro que são palavras-chave ou, no máximo, frases-chave, nada
de textos grandes. Os textos, nesse contexto, não cumprem seu papel de “gatilho”
representativo, já que eles propõem exibir uma ideia completa.
Após o Mapa
Mental Acadêmico estar estruturado, não se esqueça de demarcar com cores o
conteúdo de cada capítulo ou seção. Usando cores distintas, você cria grupos
associados de ideias no capítulo X, no capítulo Y, por exemplo.
O uso dos Mapas
Mentais para mim é estendido a outros campos: planejamento de semanas e meses, uso
para infraestrutura, compras do mês, planejamento de viagens, perguntas numa
consulta médica, negócios, planejamento de palestras e aulas e organização em
geral.
Os Mapas
Mentais Acadêmicos são o centro do meu trabalho de mentoria, treinamento e
oficinas de escrita. Trabalho outras técnicas muito importantes também, mas
esta sem dúvida se destaca como um plano efetivo de organização, análise e
orientação para uma escrita mais clara, organizada, intencional e com impacto
acadêmico. Se você nunca fez um, recomendo muito que tente.
Na próxima
quarta, 25/10, farei uma Live no Stories do Instagram, às 20h sobre Mapas
Mentais Acadêmicos na Prática. Você está super convidado (a)!
Agradeço muito todas as mensagens
de carinho.
Com amor,
Ju.
Boa noite! Olá Ju, gostei muito das orientações. Obrigada!
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