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[ O artigo a seguir foi publicado originalmente na 2ª edição da Revista Master Of Simplicity- Março de 2017]
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Não tenho um caminho novo.
O que tenho de novo é um
jeito de caminhar.
Thiago de Melo
Minha jornada no minimalismo me faz sempre pensar sobre o processo
de estudos. Estudar é uma atividade que nos encontra em diferentes momentos da
vida e não precisa estar vinculada a uma matrícula na universidade. Hoje com a
internet podemos estudar sobre os mais diferentes temas. É um mundo de
possibilidades. Mas se não selecionarmos o que é importante para nós, podemos
nos perder. Simplicidade é a chave.
Nesse caminhar tenho aprendido a simplificar na vida e também nos
estudos. Identificar o essencial é importante para manter a motivação e a
regularidade.
Estudar é um projeto. E para definir se um novo projeto entra na
minha vida, preciso perguntar Por que e
Para quê? Identificar os objetivos dá uma clareza maior sobre quais as
melhores decisões a serem tomadas. Objetivos simples são mais fáceis de
atingir. Caso não sejam simples, recorto-os em objetivos menores e possíveis.
Eleger prioridades segue nesse fluxo, juntamente com aprender a
dizer um doce, mas firme “não”. O “não” também se estende a papelada. Sabe
aqueles papéis da faculdade, do curso, da pós? Deixei-os ir. Eu digitalizo e
armazeno o que for essencial.
No livro
Power of Less, Leo Babauta nos traz
princípios que podem ajudar a pensar a simplicidade para os estudos. São bases,
na verdade, de um tipo de minimalista de produtividade. São eles:
1-
Estabelecer
limites;
2-
Escolher
o essencial, o que tem mais impacto;
3-
Simplificar:
identificar o que é necessidade e o que é desejo;
4-
Focar no
presente;
5-
Criar
hábitos;
6-
Caminhar
a pequenos passos.
Planejar o que estudar é uma bússola. Evita a dispersão. Planejo na
semana anterior os itens que preciso ler, apontar e escrever.
Eu uso Mapas mentais para registrar as ideias essenciais de livros,
artigos e uso ainda planejar minha escrita, leituras, tarefas e meu orçamento
também. Uso uma pipeline anual para
marcar os projetos maiores que quero me dedicar e evitar que esteja com muitas
atividades, sem foco e com capacidade criativa reduzida.
O foco é simplificar, mas não significa que seja simplista. O
impacto é a questão. O que você faz que gera maior resultado nos estudos? Ler
as indicações, escrever artigos, apresentar oralmente produções? Se conheça e
invista no que você gosta de fazer e pode fazer bem.
Para o processo de estudos com foco na escrita recomendo fazer um mapa mental, depois, um sumário e, depois de formada a estrutura do
projeto, preencher não linearmente as partes, com regularidade, se possível
escrevendo todos os dias. É preciso ver o todo, isso facilita um processo de
escrita mais simples, menos sofrida e com mais impacto.
Para estudos dirigidos a exames recomendo o estudo sob a forma de
ciclos. Depois de definido uma carga horária para cada assunto, respeito o
cronograma a partir do meu tempo disponível e de mais energia. Assim que
encerro a atividade, cronometro o tempo e na próxima sessão retomo de onde
parei.
O processo de estudos é um processo de desenvolvimento pessoal,
aprender é se aprimorar e também viver melhor.
O minimalismo nos ensina que menos é melhor, que a qualidade se
sobrepõe à quantidade e isso se estende a todas as áreas da vida. Ter foco,
destralhar, selecionar suas atividades dentro do possível, entender seus
processos de aprendizagem e seu papel no mundo - escolhendo o essencial- é ter simplicidade, que é de onde vem,
parafraseando a frase atribuída a DaVinci, a verdadeira sofisticação. Bons
estudos.
Fotografia: Vinicius Monção [www.viniciusmoncao.com]
Perfeito.
ResponderExcluirMe ajudou muito.
Parabéns Ju.