[Tempo de leitura: 1' 35''*]
Mestrado. Não o subestime. Mesmo.
É com essa animação que eu começo falando sobre umas dicas que
eu pagaria para tê-las no início do meu mestrado. Fiz mestrado em Educação,
Cultura e Comunicação de 2011 a 2013, uma experiência muito relevante para tudo
que veio depois na minha vida.
Mas sim, se eu dominasse mais algumas ferramentas de
controle de tempo, dissesse mais nãos e trabalhasse menos, a experiência teria
doído bem menos, tenho certeza.
Aí vão dez dicas que organizei pensando em você, que está
começando o mestrado e está levemente perdido.
1-
Negocie.
Você não vai
precisar de tempo apenas para cursar as disciplinas, que são por volta de 7 no
mestrado. Para cada aula, há uma carga de leitura importante que deve ser
contada quando você se organiza para uma experiência acadêmica desse porte. Eu
trabalhava MUITO na época. Cerca de 55 horas semanais. E sim, os finais de semana
foram sacrificados, mas ter clareza dos seus objetivos é fundamental para
manter a motivação. Então, negocie com sua família, amigos, chefe e até colegas
de trabalho. Esses serão os primeiros a falar: “Cadê a Juliana? Mas gente, esse
povo estuda e some...” Enfim, se eu der mais detalhes, começarei a escrever
nomes...hehehe. Deixa pra lá. Entendeu, né? Negocie. Veja também se em seu
trabalho há algum benefício para quem esteja fazendo mestrado ou doutorado,
licenças, redução de carga ou troca de horários podem ser esplêndidas nesses
momentos.
2- Defina
prazos desde o início.
Quando a gente
passa na seleção, acha que deve se preocupar nesse momento apenas com as
disciplinas e os trabalhos. Não. Mestrado é autonomia, formação de pesquisador.
Portanto, tenha clareza de seu projeto e com vai executá-lo no curto prazo de
24 meses. Defina prazos, use listas, mapas mentais, aplicativos e tudo o que
puder te ajudar. Eu trabalho com listas semanais e vou marcando os objetivos que já consegui conquistar. (Ex. Ler o artigo tal, escrever o resumo para o pôster do congresso tal, e aí vai...)
3- Escreva,
se possível, todos os seus trabalhos, relatórios, apontamentos, fichamentos e
pesquisas em um computador apenas.
São muitos os
problemas que podem surgir quando usamos dois ou até mais computadores. Mas o
problema central é se você usa o Word. As versões são alteradas quando abertas
em outros computadores e sempre se desconfiguram. Tirando esse fato, a
padronização dos arquivos pode ficar comprometida e, obviamente, a recuperação
de dados quando você mais precisa. Se poupe.
4- Se
não sentir confiança, troque de orientador.
Politicamente
entendo o quanto isso pode ser difícil, mas o mestrado é tão curto que vale uma
pequena indisposição como essa. Meu critério de seleção de orientador é
acessibilidade, confiança e pensar junto o meu projeto. Às vezes, os experts, os doutores incríveis, não
compartilham e ajudam nesse processo. O que é um paradoxo, eu sei, eles são os
melhores. Mas considere mais as relações do que a qualidade técnica. Fica a
dica de quem já viu muita coisa nas relações de pessoas com seus orientadores.
5- Leia
trabalhos de orientandos do seu orientador e do seu grupo de pesquisa.
Uma das
primeiras atividades do mestrado é a leitura de uma dissertação concluída que
de alguma forma se aproxime do seu tema. Recomendo que você faça isso com seu
coração. É um exercício importante. Mais que isso, recomendo que você leia ao
menos duas dissertações relacionadas ao seu tema por mês, no primeiro ano de
mestrado. Vamos dizer que tenha conseguido ler umas 10 dissertações. Seu repertório
vocabular, sua clareza e familiaridade com o texto acadêmico serão muito
aprofundadas. Isso deu muito certo comigo.
Bem, o texto já está grande e eu continuo no
próximo post.
Se quiser
adquirir meu livro, segue o link (Tem formato e-book e livro físico)
Gratidão.
Com amor,
Ju.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Obrigada pela participação! Deixe seu comentário.
Ju.