sábado, 26 de maio de 2018

Como fazer pesquisas acadêmicas?



Tempo de leitura: 1'40''


Oi, gente! Tudo bem?
Mês de maio. Quem está soterrado de trabalho aí, levanta a mão!

Nas duas últimas semanas fiz duas palestras abordando o tema do título. Na verdade, o assunto era a formação do professor-pesquisador, mas o que fez sucesso mesmo foi o uso de algumas estratégias de captura para as pesquisas acadêmicas.

Como eu trabalho em uma universidade, sempre tenho (ou tenho que ter) uma pesquisa no gatilho. O espaço universitário ajuda muito nesse sentido. Pesquiso sobre as práticas na sala de aula, sobre as orientações de monografia que ajudo a desenvolver, sobre o grupo de pesquisa- Políticas Públicas, Território e Juventude- e ainda sobre as quatro extensões universitárias em que sou colaboradora, duas sobre leitura e duas sobre processos de inclusão de pessoas com necessidades especiais.

Para organizar meu tempo, já que eu tenho uma vida fora da universidade \o/, eu trabalho com a metodologia do GTD- Getting Things Done- do guru da produtividade David Allen no livro que eu mais recomendo na vida: A Arte de Fazer Acontecer. (Só leiam e depois me agradeçam).

O termo CAPTURA para ele é um dos passos básicos do GTD, um dos cinco passos para dominar o fluxo de trabalho.
Segundo Allen (2015),
É importante saber o que precisa ser capturado e como fazer isso de forma eficaz para que possa ser processado apropriadamente. Para libertar sua mente da necessidade de se ater a tudo, você precisa ser feito ou decidido e ter certeza de que, em algum momento, vai processar e revisar tudo isso. (p.59)







Existem vários tipos de ferramentas que podem ser usadas para capturar as pendências ou ideias de quaisquer tipos, inclusive as acadêmicas, sejam elas tecnológicas ou não que uso e recomendo:

1-       Cadernos

O caderno e folhas soltas podem capturar ideias aleatórias, tarefas, informações ou breves registros. O caderno de campo já é um instrumento mais direcionado para específicas anotações que ocorrem no campo, no loco da pesquisa, que pode ser uma escola, uma empresa, uma aldeia, dentre muitas outras possibilidades.

2-       Gravador

O gravador ainda é um instrumento muito utilizado entre os pesquisadores para captura imediata de ideias, notas mentais, percepções e tarefas a serem cumpridas. Hoje em dia eu não tenho mais um gravador físico, mas uso aplicativos ótimos no meu telefone celular que auxiliam muito.

3-       Whatsapp

Um instrumento rápido que uso muito é o grupo no Whatsapp. Recentemente fiz uma pesquisa que incluía entrevistas estruturadas, com perguntas fechadas. Criei um grupo no aplicativo incluindo mais uma pessoa, como é o procedimento de criação de grupos e, em seguida, excluí essa pessoa. Logo, fiquei sozinha no grupo de nome “Pesquisas 2018”. Ali armazenei fotos de capas de livros que queria usar como referências, os áudios das entrevistas, anotações e fotografias das produções dos estudantes. O objetivo era ser funcional, bem minha cara mesmo. Tem dado certo. Na hora da escrita, é bem simples. Abro meu Whatsapp no computador e PLIM! Bastante prático e minimamente organizado, como eu gosto.

4-       Evernote

Outro aplicativo que uso há 7 anos e recomendo é o gerenciador de notas Evernote. Faço essa captura imediata também por meio do meu celular. Existem outros aplicativos igualmente bons: Trello, Todoist, OneNote, Google Keep, mas eu falo do Evernote porque é o que eu conheço mesmo. Teste o que se encaixa na sua vida e colha os resultados de mais organização e funcionalidade. (pareceu frase de comercial, hehehe).

5-       Mendeley

Outra ferramenta ímpar, que recomendo muito é o Mendeley. Ele é um gerenciador de referências. Isso mesmo, referências bibliográficas. Você instala no seu computador e vai alimentando o sistema. A curto prazo é apenas legal, mas depois de um ano produzindo você sente uma diferença muito grande. Na hora de escrever, ele automatiza processos e arquiva as referências dos seus autores mais usados (super comum para pesquisadores que ficam algum tempo no desenvolvimento do mesmo tema, ou de temas correlatos). Conheça. É minha dica.
Escrever é um direito. Conhecer estratégias para se organizar e escrever mais e melhor, também. 

Espero ter ajudado.

Com amor,
Ju.


Um comentário:

  1. Olá, Juliana! Descobri seu blog há pouco tempo e estou muito feliz com esse achado (: tenho lido diversos posts e sinto que agora minha pesquisa do mestrado terá outros encaminhamentos. Além disso, com essas SUPER dicas estou mais motivada, apesar de todos encaminhamentos na educação/universidade. Obrigada pelo empenho e dedicação..vida longa ao seu blog <3

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Ju.