sexta-feira, 7 de fevereiro de 2020

Hábitos acadêmicos

Tempo de leitura: 2'10''

Hoje participei de uma gravação para o canal do Youtube Poeta Jota. Falamos sobre a vida acadêmica, maternidade acadêmica e dicas de estudos e escrita. Jonathan, o apresentador/gestor do canal abriu uma página do meu livo Sua Vida Acadêmica: escreva mais e melhor (Autografia Editora, 2017) e me perguntou sobre como construir hábitos acadêmicos.

Esse é um assunto que eu gosto tanto de falar que me deu vontade de vir aqui, um espaço que eu não tenho utilizado muito. Meu foco anda lá pelo Instagram e Facebook (@suavidaacademica), onde você pode acompanhar mais sobre meu dia-a-dia, dicas e novidades.

Tracei um raciocínio de trás para frente. O objetivo é claro: estudar e escrever mais e para isso pensamos de imediato em hábitos que automatizam alguns processos e trazem alguns gatilhos que ajudam na hora de ter disciplina. Mas, como se constroem esses tão desejados hábitos acadêmicos? E a resposta é... COM ROTINAS. Sigo a lógica apresentada a mim pela Thais Godinho do blog Vida Organizada, rotinas não tem a ver com horários, mas com sequência de atividades para um determinado local ou período do dia que objetiva uma finalidade específica. Por exemplo, uma rotina de estudos com os filhos, uma rotina de leitura de artigos, rotina de escrita, e por aí vai.

                                                                                                                                                                 Fonte: Google

E rotinas são processos, é preciso repetir e repetir, criar consistência, acionar os gatilhos e sistemas de recompensas até que as rotinas se transformem em hábitos. Rotinas são estratégias que planejamos e repetimos intencionalmente até incorporarmos tanto a nossa vida que nem precisamos mais pensar para executarmos uma atividade que tem relevância, virando assim hábitos. Rotina a gente pensa, hábito a gente faz, em resumo.

Vocês sabem que tenho um filho de quase 7 anos que acabou de concluir o primeiro ano do Ensino Fundamental. Como Davi tem autismo e não tenho rede de apoio com ele durante a semana, treino rotinas que se conectam com meus objetivos e valores do momento a partir do meu tempo livre que se resume a duas manhãs que ele está na escola e eu em casa. Organizar essas dez horas semanais não é simples e a consistência é o segredo

Passei então a registrar o que eu queria fazer nesse tempo e como iria me organizar para que desse certo. Isso pode não ser pertinente para você se tem bastante tempo livre ou não tem filhos pequenos, mas para mim é questão de sobrevivência acadêmica e mental. Logo, dei ênfase a atividades de alta complexidade que não poderia fazer acompanhada do meu filho. Escrita de revisão, análise de textos, desenvolvimento de argumentação e análise de dados, em geral. Em uma manhã e meia meu foco é a análise/escrita da minha tese de doutorado, na meia manhã restante, avaliação e revisão de textos, já que é exigência do meu trabalho como professora universitária.

Percebi que levei 7 semanas para incorporar essa rotina como um hábito na minha vida. Especialistas no tema dizem que um novo hábito leva de 21 a 300 dias para ser incorporado à vida. Felizmente levei uns 50 dias. Se antes eu precisava relembrar meu objetivo, arrumar a bolsa e meu lanche no dia anterior, atualmente funciono no piloto automático e levo menos tempo para me concentrar para escrever. Se levava 15, 20 ou até 30 minutos para ter uma ideia e começar a escrever, agora, no piloto automático, em 5 minutos a mente entra no "modo estudos", aumentando o foco e a produtividade, com consistência e clareza dos objetivos.

Que tal experimentar um novo hábito?
Siga-me nas redes! @suavidaacademica

Com amor,
Juliana Prata.


Nenhum comentário:

Postar um comentário

Obrigada pela participação! Deixe seu comentário.
Ju.