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terça-feira, 16 de outubro de 2018

3 Dicas para organizar sua vida acadêmica


Tempo de leitura: 1' 50'' 

A vida acadêmica é uma caixinha de surpresas. Começa como um sonho, um projeto de vida e temos que manter o controle e a organização para esse sonho não se transformar em um pesadelo! E eu não estou exagerando.  E você, como tem andado quanto pensa na sua vida acadêmica? Sentindo angústia com o volume de demandas acadêmicas na sua vida? Precisando de uma ajuda para desenrolar seu artigo? Pensando em largar tudo? Calma. Fica comigo que aqui traremos três dicas práticas para organizar sua escrita e seus estudos de graduação e pós-graduação.

            No blog, temos três anos de pesquisas acumuladas para apoiar suas escolhas acadêmicas e poder levar a vida com mais leveza, clareza e impacto. Sou professora de carreira universitária, trabalho diretamente com ensino, pesquisa e extensão e posso te garantir que muitas das suas preocupações podem se dissolver se você se organizar mais, ter metas semanais escritas e executá-las, por exemplo.

            Trabalho muito desde a graduação. Toda minha trajetória acadêmica foi concomitante ao trabalho. Mas, ainda assim sempre publiquei, viajei e produzi. E no meio do caminho tive um filho e depois descobri que ele tem necessidades especiais. Se eu consigo, você consegue também. Temos o mesmo equipamento de fábrica! 
                Quer saber meu segredo? Foco e direção. E como saber para onde olhar e em quê focar? Olhe para você. Isso sempre funciona comigo. Saber o meu porquê sempre me dá força e clareza. É claro que não é assim todos os dias, sou humana. Mas ter estratégias para focar no importante para você é fundamental. Sempre digo que meus cursos e artigos são para nos nutrir nos dias ruins, porque nos bons, a vida flui.


.                                                                                                     Fonte: Pinterest

            E se você quer construir uma estrutura mais sólida na sua vida acadêmica e quer conhecer as três dicas que preparei para você, olha só:

1-      Gerencie suas informações

Ninguém tem tempo para nada hoje em dia. Um dos segredos da gestão do tempo e energia é organizar o processamento e execução das informações que chegam até você. Sistemas de organização como o Getting Things Done (GTD) ou o Kanban podem te ajudar, assim como aplicativos como o Evernote, Trello, Todoist, Asana, Google Keep e Notion (Eu uso os dois primeiros). Ter uma agenda e usar o calendário  também são ações que parecem simples, mas fazem bastante diferença no gerenciamento de informações da vida adulta como um todo, especialmente para quem está envolvido num projeto complexo como a vida acadêmica.

2-      Organize seu tempo de escrita

A técnica Pomodoro é a que mais gosto para organizar o tempo que tenho disponível para estudar ou escrever. A técnica original alterna 25 minutos de trabalho focado com 5 minutos de pausa. Os passos para o emprego da técnica são:
Listar: Crie uma lista de tarefas que precisa realizar
Cronometrar: programe um cronômetro para 25 minutos
Trabalhar sem pausas: da lista inicial, selecione uma tarefa para realizar primeiramente e trabalhe nela sem quaisquer interrupções (é essencial não pausar a tarefa nesse período!)
Pausa: assim que os 25 minutos acabarem, faça uma pausa de 5 minutos, aproveitando esse tempo para fazer algo que te relaxe.
Retomada: depois do intervalo, retome as atividades por mais um “pomodoro”. Realize intervalos ao final de cada um.
Pausa Longa: após quatro “pomodoros”, faça uma pausa mais longa –  de 30 minutos –  e, depois, recomece a tarefa.
Tarefa concluída: apenas ao terminar, risque a tarefa de sua lista inicial.

 Para usar a Técnica Pomodoro no computador, sugiro os plug-ins Pomello e Tomato-timer, para IOS, Be Focused e para smartphones e tablets Android: Clear Focus.
Essa técnica renderá mais se você planejar o quê vai escrever ou estudar antes. Não esqueça. Siga os passos. Para meus alunos, junto com os Mapas Mentais, é a técnica que mais ajuda a emplacar na produtividade.

3-      Trabalhe com mapas mentais acadêmicos

E falando neles, os Mapas Mentais são muito bons. Mesmo. Criei até a versão deles com o subconceito de Mapas Mentais Acadêmicos que são diagramas que auxiliam no planejamento e produção de projetos acadêmicos de distintas naturezas como resenhas, artigos, monografias, dissertações e teses.CLIQUE AQUI PARA SABER MAIS SOBRE MAPAS MENTAIS ACADÊMICOS ou AQUI
A essência dos MMAc. é você colocar no centro do uma folha de papel o tema do seu projeto e relacionar a palavras que explicam os aspectos que você quer abordar. Tony Buzan, o criador da técnica de Mapas Mentais, chama isso de Ideias de Ordenação Básica (IOB’s).
Questões importantes também são usar cores em cada seção de escrita (azul para o primeiro capítulo, verde para o segundo, por exemplo), e palavras representativas e não frases inteiras. Em vez de escrever “A desigualdade social é uma característica da formação da sociedade brasileira”- como tema de capítulo, por exemplo- você escreveria: BRASIL----DESIGUALDADE. Essas palavras representativas estimularão sua mente no preenchimento de possíveis lacunas de ideias.
Na prática, recomendo ainda, montar um mapa vazio, apenas com o tema e ficar refletindo sobre possibilidades de organização. Esse é um exercício baseado em princípios da neurociência. Nosso cérebro tende a preencher vazios e esse sistema pode ser um aliado para a geração de novas ideias.

            Essas dicas podem dar o impulso, mas a prática e a constância é que vão trazer, de fato, resultados para sua carreira, vida pessoal e desenvolvimento acadêmico. Especialistas em produtividade apontam que varia de 21 a 60 dias a formação de um novo hábito. Insista, os resultados valem à pena.

Conhece alguém que anda enrolado na vida acadêmica? Ah, compartilha, né!?

Um abraço. Gratidão.
Com amor,
Ju

E se você quiser conferir outras dicas importantes, deixo AQUI o link para o meu e-book ou livro físico Sua Vida Acadêmica: escreva mais e melhor.

























































sábado, 26 de maio de 2018

Como fazer pesquisas acadêmicas?



Tempo de leitura: 1'40''


Oi, gente! Tudo bem?
Mês de maio. Quem está soterrado de trabalho aí, levanta a mão!

Nas duas últimas semanas fiz duas palestras abordando o tema do título. Na verdade, o assunto era a formação do professor-pesquisador, mas o que fez sucesso mesmo foi o uso de algumas estratégias de captura para as pesquisas acadêmicas.

Como eu trabalho em uma universidade, sempre tenho (ou tenho que ter) uma pesquisa no gatilho. O espaço universitário ajuda muito nesse sentido. Pesquiso sobre as práticas na sala de aula, sobre as orientações de monografia que ajudo a desenvolver, sobre o grupo de pesquisa- Políticas Públicas, Território e Juventude- e ainda sobre as quatro extensões universitárias em que sou colaboradora, duas sobre leitura e duas sobre processos de inclusão de pessoas com necessidades especiais.

Para organizar meu tempo, já que eu tenho uma vida fora da universidade \o/, eu trabalho com a metodologia do GTD- Getting Things Done- do guru da produtividade David Allen no livro que eu mais recomendo na vida: A Arte de Fazer Acontecer. (Só leiam e depois me agradeçam).

O termo CAPTURA para ele é um dos passos básicos do GTD, um dos cinco passos para dominar o fluxo de trabalho.
Segundo Allen (2015),
É importante saber o que precisa ser capturado e como fazer isso de forma eficaz para que possa ser processado apropriadamente. Para libertar sua mente da necessidade de se ater a tudo, você precisa ser feito ou decidido e ter certeza de que, em algum momento, vai processar e revisar tudo isso. (p.59)







Existem vários tipos de ferramentas que podem ser usadas para capturar as pendências ou ideias de quaisquer tipos, inclusive as acadêmicas, sejam elas tecnológicas ou não que uso e recomendo:

1-       Cadernos

O caderno e folhas soltas podem capturar ideias aleatórias, tarefas, informações ou breves registros. O caderno de campo já é um instrumento mais direcionado para específicas anotações que ocorrem no campo, no loco da pesquisa, que pode ser uma escola, uma empresa, uma aldeia, dentre muitas outras possibilidades.

2-       Gravador

O gravador ainda é um instrumento muito utilizado entre os pesquisadores para captura imediata de ideias, notas mentais, percepções e tarefas a serem cumpridas. Hoje em dia eu não tenho mais um gravador físico, mas uso aplicativos ótimos no meu telefone celular que auxiliam muito.

3-       Whatsapp

Um instrumento rápido que uso muito é o grupo no Whatsapp. Recentemente fiz uma pesquisa que incluía entrevistas estruturadas, com perguntas fechadas. Criei um grupo no aplicativo incluindo mais uma pessoa, como é o procedimento de criação de grupos e, em seguida, excluí essa pessoa. Logo, fiquei sozinha no grupo de nome “Pesquisas 2018”. Ali armazenei fotos de capas de livros que queria usar como referências, os áudios das entrevistas, anotações e fotografias das produções dos estudantes. O objetivo era ser funcional, bem minha cara mesmo. Tem dado certo. Na hora da escrita, é bem simples. Abro meu Whatsapp no computador e PLIM! Bastante prático e minimamente organizado, como eu gosto.

4-       Evernote

Outro aplicativo que uso há 7 anos e recomendo é o gerenciador de notas Evernote. Faço essa captura imediata também por meio do meu celular. Existem outros aplicativos igualmente bons: Trello, Todoist, OneNote, Google Keep, mas eu falo do Evernote porque é o que eu conheço mesmo. Teste o que se encaixa na sua vida e colha os resultados de mais organização e funcionalidade. (pareceu frase de comercial, hehehe).

5-       Mendeley

Outra ferramenta ímpar, que recomendo muito é o Mendeley. Ele é um gerenciador de referências. Isso mesmo, referências bibliográficas. Você instala no seu computador e vai alimentando o sistema. A curto prazo é apenas legal, mas depois de um ano produzindo você sente uma diferença muito grande. Na hora de escrever, ele automatiza processos e arquiva as referências dos seus autores mais usados (super comum para pesquisadores que ficam algum tempo no desenvolvimento do mesmo tema, ou de temas correlatos). Conheça. É minha dica.
Escrever é um direito. Conhecer estratégias para se organizar e escrever mais e melhor, também. 

Espero ter ajudado.

Com amor,
Ju.


quinta-feira, 23 de junho de 2016

Como fazer anotações úteis- parte 2

Oie. Tudo belezinha?

Eu vou bem e cada vez melhor!

Bem, continuando nosso último assunto, vamos conversar um pouco mais sobre anotações úteis. Amei cada comentário de apoio. Minha mais sincera gratidão.

Resolvi então pesquisar um pouco sobre minha técnica mais amada de anotações: O Mapa Mental, ou Mind Map. Essa técnica foi patenteada há mais de 35 anos pelo psicólogo Tony Buzan, um cara que fala muito sobre produtividade em diferentes campos.

Poucos sabem, mas fiz um curso aos 11 anos (sim, aos 11, eu queria balé, mas minha mãe...) de leitura dinâmica, com base nas técnicas desse cara. Ele então é um velho conhecido meu. Como foi fazer esse curso? Aha, imagina, beibe, você com 11 e o restante de sua turma com 40. Noooooossa, foi muito maneiro. Ou melhor, como diz meu filho, foi muito maluco. Odiei, mas até que eu leio rápido.

O Mapa mental faz parte da metodologia de trabalho do Buzan. Ele dá dicas legais para a utilização prática de armazenamento e recuperação de informações e busca trabalhar em sinergia com o cérebro. Isso significa que, quanto mais você usar seus níveis de conhecimento, mais eles aumentarão. (BUZAN, 2009)

O objetivo do Mind Map é ser um modo SIMPLES de transmitir informações, a partir de palavras-chave. Essas palavras-chave:

1- Ativam o tipo certo de lembrança;
2- É prática, portanto não é muito descritiva, abstrata nem geral;
3- Traz à mente uma imagem específica;
4- Satisfaz a pessoa;
5- Tem capacidade de resumir informações.

Para mim, Mind Map é a melhor técnica para usar em resumos de livros, artigos e outras informações escritas. Como falei no último post, para informações orais prefiro a metodologia de Cornell, como já justifiquei. Lê lá!

Uso Mind Map também para planejar minha semana e meu mês. Eu acesso mais rapidamente as informações quando elas estão em algum sistema de esquema estruturado. Lista, Mapa Mental e iconografias funcionam muito bem para mim.

Sim, eu desenho. Igual minha cara, claro. Nos livros que leio (já foram 33 em 2016. Acho que vai ser a primeira vez que vou bater a meta de 50 em um ano. Oremos) tem várias carinhas desenhadas. Se a maioria é carinha feliz? Claro que “daum”. Eu sou uma acadêmica, confusão é meu sobrenome.

Voltando ao assunto, para resumos de livros, tenho um caderno e uso uma página para cada mapa de livro. Assim, tenho tudo arquivado e acesso rápido quando preciso. E mais importante NÃO PERCO. O importante nesse registro é não escrever muito, se você usar frases curtas e abreviaturas, vai estimular seus centros de memória a completar a informação e, consequentemente, se lembrar do que precisa.

Rafaela, amiga dos tempos de escola e diretora de Mercado de Beleza, você pode adaptar essa metodologia para registro de procedimentos, técnicas, produtos, marketing e o trabalho com seus grupos (Juro que tô trabalhando no tema que você me encomendou J).

Os Mind Maps de planejamento do mês ou semana eu sempre escrevo em um caderninho que sempre anda comigo. Nele aponto gastos, escrevo lembretes, orçamento, listas de coisas que tenho que fazer, meu bullet journal, essas coisas que são chatinhas, mas dão um super UP na sua produtividade e clareza na sua vida.

Estou fazendo uns Mind Maps no Prezi, que estou gostando muito. Depois eu mostro, são posicionalmente favoráveis às recordações das informações, uma vez que o esquema espacial, possível no programa, é uma forma virtual dos caminhos que nossos sistemas de armazenamento natural se estruturam. Uma coisa dentro da outra, e uma terceira na sequência, enfim... um esquema que te favorece, sem dúvidas.

É isso por hoje, querid@s.

Minha professora de inglês maravilhosa perguntou por que eu tinha um blog, se dava trabalho, o porquê de ser sobre escrita acadêmica... essas coisas. E tenho pensado muito sobre isso. Mas não há dúvida que para mim, é um instrumento de divulgação científica. Democratização acadêmica mesmo. As panelinhas existem? Claro. Eu mesmo faço parte de várias (Meu sincericídio é óteeemo). Mas que os espaços sejam cada vez mais abertos e acessíveis a todos. Que não seja tão difícil pra você quanto foi para mim.
Com amor,

Ju
Livro-referência desse texto

terça-feira, 14 de junho de 2016

Como fazer anotações úteis

Oi, amig@s!
Tudo bem? Eu tô bem e cada vez melhor! E viva as afirmações positivas para animar a semana!

Semana passada, como de costume, fui ao grupo de pesquisa do outro lado do mundo, perdendo 5 horas da minha vida no trânsito e, dessas, 2 foram dentro de túneis...maravilha, né!? Mas tive umas ideias bem razoáveis para dividir aqui com você.

Nossa discussão era, entre outras coisas, sobre leitura e análise de gráficos PAH! Sabe o que é um gráfico PAH? Não? Ahahaha, é aquele que quando você olha, você olha de novo, e de novo e pensa PAH! Só pode ser uma pegadinha, “num intendi nada, manhê”. Então, era desses que estávamos falando.

E eu - nerd que sou - anotando desesperadamente tudo. Uma colega ao lado ficou colando minhas anotações e fazendo perguntas. Eu percebi que fazer anotações não é uma coisa tão simples e que os sistemas de classificação e organização diferem muito de pessoa pra pessoa.

Durante uns vinte anos (tá, uns trinta) meu sistema de organização era múltiplo e variado          (ainda bem que minha mãe não me lê!). Guardava livros escolares embaixo da cama e só os desarquivava depois de levar uma anotação na agenda por não leva-los há um mês, perdia meus diplomas dentro de casa, dessas coisas legais que a gente quer se matar quando precisa. Um belo dia, tive que tirar a segunda via do meu título de eleitor, que na verdade era quarta via. E nesse belo dia “decidi mudar”.

Os meus passos são lentos, mas dão certo. 

Há alguns meses ( quase isso, uns 4 dias) estou testando um novo método de anotações. Chama-se Método Cornell (Gente, tô com um orgulho de mim, escrevendo essas coisas sérias... J) Pois bem, esse método foi desenvolvido pelo professor Walter Pauk, em 1950, na Universidade de Cornell (e eu quebrando a cabeça desde os três anos para saber o que vai cair na prova). Esse método de organização da escrita tem eficácia comprovada no acesso à memória curta (É pra glorificar de pé!).  Ele é eficiente para o registro de reuniões, aulas, palestras, fichamentos e coisas do gênero.

Vou botar uma fotinho pra vocês verem do que estou falando:






Existem vários modelos, mas esse é o esquema-base. O esqueleto do registro é separar uma folha em duas colunas e uma caixa abaixo. Na coluna da esquerda, anotamos os tópicos os temas, na direita, anotações, dúvidas, comentários e frases-síntese. Na caixa de texto abaixo, um breve resumo.

Eu prefiro especificamente o método Cornell para registro de exposições orais porque não sabemos com segurança qual será o próximo passo. Nesse caso, meu amor- maravilhoso- fofinho do mapa mental, deixa a desejar. Vai que eu puxo um tópico que não era tópico, que era apenas um comentário que fugiu do tema? Oremos e analisemos pessoal. Fica a dica!

Queria fazer uma série de postagens sobre como fazer anotações produtivas. O que acham? Muito chatão? Quem sabe um dia eu escrevo sobre moda, #sqn. É o que tem pra hoje.

Espero que você goste.

Com amor,

Ju.