Oi!
Estou passando aqui para mostrar um pouquinho das últimas turmas da Oficina de Escrita Acadêmica. São 20 técnicas de Estudos Avançados, Organização Acadêmica e Escrita Acadêmica.
Turma de Advogadas e Defensoras Públicas, 20/10/2017.
Turma de Escrita Acadêmica Nova Iguaçu, 21/102017.
Gratidão, gente!
O impacto desse trabalho está sendo bem maior que pude imaginar.
Temos vagas para 28/10 3 25/11 no centro do Rio.
Com amor,
Ju.
segunda-feira, 23 de outubro de 2017
Mapas Mentais Acadêmicos
[Tempo de leitura: 1'23'']
Mapa Mental é
um recurso organizado e difundido por Tony Buzan, um psicólogo
norte-americano. Essa ferramenta de
organização me auxilia na resolução de problemas, revisão de informações, gestão do meu tempo, minha memória e atenção e para desdobrar ideias.
Chamo de Mapas
Mentais Acadêmicos o uso desse recurso para resumir livros e artigos, gerar
ideias que se transformarão em artigos acadêmicos e o que para mim é mais importante:
planejar a escrita acadêmica.
O cerne da
proposta de Mapas Mentais é o termo “chave”, que funciona como um gatilho para
a memória. A Palavra-chave unida com a Imagem-chave ativa a memória verbal com
a imagem associada a uma narrativa construída. (BUZAN, 2009).
A imagem –chave
ativaria, segundo Buzan (2009) o lado direito do cérebro onde se situa a base
da memória. A palavra-chave, por sua vez, ativa o lado esquerdo do cérebro e é
atrelada diretamente a um tipo de imagem. As palavras-chave, por sua vez, são
representativas de todo um contexto. São palavras que representam frases e
ideias completas.
O Mapa Mental
Acadêmico se expande de dentro para fora, da ideia principal para as ideias
secundárias e suas associações. Buzan chama isso de pensamento radiante. A
partir das Associações e da Imaginação, a ideia principal ganha corpo e mais
elementos que representam ideias mais completas e complexas, mas que o grande
objetivo é construir um caminho de ação para as mesmas.
O mapeamento
dessas possíveis ideias é o que diferencia o Mapa Mental de outras técnicas de organização para a
escrita. O projeto acadêmico é visto como uma forma não-linear, podendo ser
seguido e escrito mais livremente. E ainda, por apontar uma organização de
percurso, delineia uma escrita mais coerente e planejada, diminuindo a
procrastinação, pânico da tela em branco e mais, proporciona perspectiva. Saber
quais serão os próximos possíveis passos dá um controle emocional importante
para o desenvolvimento do projeto acadêmico.
Muitos alunos
perguntam se podem alterar seus Mapas após a escrita da tese, monografia,
artigo ou dissertação. A resposta é sim! Alterar os planos é perfeitamente
possível. O Mapa é um sistema de organização da informação e como todo sistema,
por de ser recalculado e reavaliado.
Para construir
seu próprio Mapa Mental Acadêmico, eu recomendo você usar uma folha de papel
sem pauta e algumas canetas coloridas. No centro da folha, coloque uma
palavra-chave que represente o tema do seu projeto acadêmico. E, usando o
pensamento radiante, puxe setas e esquemas que crie uma rede de associação de
ideias entre a ideia principal e ideias que serão desenvolvidas em cada
capítulo ou seção. E de cada palavra-chave, outras surgirão, como um enredamento
por associação. Lembro que são palavras-chave ou, no máximo, frases-chave, nada
de textos grandes. Os textos, nesse contexto, não cumprem seu papel de “gatilho”
representativo, já que eles propõem exibir uma ideia completa.
Após o Mapa
Mental Acadêmico estar estruturado, não se esqueça de demarcar com cores o
conteúdo de cada capítulo ou seção. Usando cores distintas, você cria grupos
associados de ideias no capítulo X, no capítulo Y, por exemplo.
O uso dos Mapas
Mentais para mim é estendido a outros campos: planejamento de semanas e meses, uso
para infraestrutura, compras do mês, planejamento de viagens, perguntas numa
consulta médica, negócios, planejamento de palestras e aulas e organização em
geral.
Os Mapas
Mentais Acadêmicos são o centro do meu trabalho de mentoria, treinamento e
oficinas de escrita. Trabalho outras técnicas muito importantes também, mas
esta sem dúvida se destaca como um plano efetivo de organização, análise e
orientação para uma escrita mais clara, organizada, intencional e com impacto
acadêmico. Se você nunca fez um, recomendo muito que tente.
Na próxima
quarta, 25/10, farei uma Live no Stories do Instagram, às 20h sobre Mapas
Mentais Acadêmicos na Prática. Você está super convidado (a)!
Agradeço muito todas as mensagens
de carinho.
Com amor,
Ju.
domingo, 15 de outubro de 2017
UNIVERSIDADE: expectativas e ressignificações pessoais*
[Tempo de leitura 1'30'']
Intenção, escolha do curso, matrícula, primeiras aulas:
tudo é mágico, grandioso e até intimidador quando adentramos os muros de uma
universidade. Vou conseguir? Gosto disso? Quero fazer isso minha vida toda? Tem
que ser para a vida toda?
As expectativas de um calouro são altas sempre, mas nas
conversas com um concluinte, o cenário muda. O que acontece nesse processo?
Decepção? Transformação?
A questão é o crescimento. Quase sempre queremos soluções,
respostas, alívio. Mas isso não tem, não do lado de fora. Nem na universidade
nem em outro lugar. Nossas respostas estão em construção, mas ainda estão
perdidas dentro de nós. E isto está relacionado com a idade também.
A transformação que ocorre nos anos da universidade é
importante e reflete em toda vida. Para
alguns, como foi para mim, foi a primeira oportunidade de ver o outro, mas o
outro diferente de mim. Com escolhas distintas, perspectivas que me tiraram do
lugar-comum.
Procuremos então as respostas dentro de nós, não do lado
de fora. Mas para alcançarmos essas informações interiores devemos nos centrar
no agora, no presente momento. Estar presente, se empenhar, estudar,
pesquisar, fazer relacionamentos. Sim, fazer isso com o coração é estar
presente. É prestar atenção, atenção plena.
Desse jeito, as expectativas não serão mais tão
importantes assim. Estar em estado de atenção e fazer o seu melhor, sim. As
respostas já estão todas dentro de você, como diz a expressão latina “hic et
nunc”.
Bons estudos.
DICAS SIMPLES PARA ESTUDOS
- Crie uma rotina de
estudos. Consistência é mais eficaz que intensidade.
- Tenha uma agenda ou planner e marque suas leituras e
trabalhos universitários com os prazos.
- Providencie os livros e
textos necessários às aulas com antecedência.
- Marque no calendário
congressos e aulas-extras que serão importantes em sua formação.
- Faça notas durantes as
aulas. Dê preferências a notas manuscritas, sua memória muscular pode te ajudar
em momentos futuros.
- Cuide de sua saúde:
social, mental, emocional e física.
- Simplifique. Escreva
simples e tenha esquemas de processamento simples.
- Respire. Com calma.
Com amor,
Ju.
* Artigo publicado na 5ª Edição da Revista Master Of Simplicity, agosto de 2017.
sexta-feira, 13 de outubro de 2017
Entrevista com Priscilla Frazão
Oi, gente!
Continuando a série de entrevistas com os autores do livro "Saberes e Práticas da EJA", trazemos hoje Priscilla Frazão, professora e pesquisadora da área da EJA.
Além de afinidade epistemológica, eu e Priscilla somos amigas. Nos conhecemos na UERJ dividindo uma turma maravilhosa! Apresento, a quem não conhece ainda, uma pesquisadora comprometida, uma professora dedicada e uma pessoa super do bem.
Continuando a série de entrevistas com os autores do livro "Saberes e Práticas da EJA", trazemos hoje Priscilla Frazão, professora e pesquisadora da área da EJA.
Além de afinidade epistemológica, eu e Priscilla somos amigas. Nos conhecemos na UERJ dividindo uma turma maravilhosa! Apresento, a quem não conhece ainda, uma pesquisadora comprometida, uma professora dedicada e uma pessoa super do bem.
Entrevista ao blog SVA
Nome:
Priscilla Frazão
Atuação:
Professora da rede Municipal de Duque de Caxias e de Nova Iguaçu
Título
do capítulo: Ludicidade é tudo de bom em qualquer segmento: um estudo sobre a
metodologia lúdica com os docente da EJA.
SVA: Como foi a experiência de escrita?
P. Frazão: Esse
trabalho iniciou ao escrever a monografia do CESPEB-EJA, assim que todxs
terminaram a escrita, surgiu a oportunidade, por meio de um concurso de artigos,
de fazer parte do livro. Sem dúvidas, saber que passei por um “concurso” com
tantos trabalhos incríveis, é gratificante demais.
SVA: A EJA é ao mesmo tempo a ponta frágil do sistema educativo e uma potência de
práticas. Qual o viés que você trouxe para o debate nesse campo? Quais temas
escolheu e por quê?
P. Frazão: Minha
temática é lúdico na EJA. Venho estudando o tema há algum tema, tento trazer
alegria e um novo olhar de educadores e educandos, para que vejam o lúdico como
uma possibilidade de trabalho e aprendizagem. Acredito que a EJA por ser tão
sofrida em seu processo histórico, merece um alento, um cuidado, um olhar mais delicado e mais humano, vejo o
lúdico como um caminho para atingirmos isso.
SVA: Qual é a expectativa de alcance do livro para os sujeitos que participaram da
pesquisa? Pensam em algum tipo de retorno ou seminário?
P. Frazão: Espero
que o livro possa contribuir com professorxs da EJA de todo o país, pode ser uma
utopia, mas acredito que, com tantas experiências e práticas possamos ajudar
nossos companheirxs de luta. Anda não pensei sobre seminário, mas seria um
enorme prazer participar de diferentes eventos.
SVA: Como tem sido a experiência de cursar uma pós-graduação em EJA, construir uma
pesquisa e publicá-la num livro como este?
P. Frazão: O
curso foi espetacular! Estudei com excelentes professorxs, aprendi muito, com
todxs xs envolvidxs, educandos e educadores. Participar desse trabalho é
gratificante demais, ainda mais depois de tantas histórias vividas, ouvidas e
compartilhadas durante o curso.
SVA: Qual mensagem você gostaria de deixar para os pesquisadores em EJA?
P. Frazão: Que
elxs nunca percam as esperanças! Que ainda que tenhamos que dar um passo de
cada vez, e às vezes, dois para trás, somos a esperança daqueles que já
sofreram e sofrem com esse processo educacional reprodutor das desigualdades.
SVA:-
Qual mensagem você gostaria de deixar para os estudantes da EJA?
P. Frazão: A
caminhada é longa, mas não é impossível, que apesar de tudo, elxs conquistarão
muito mais, pois é um início e jamais terá fim.
É isso, um passo de cada vez. Não esmorecendo, seja na EJA, seja na sociedade como um todo. Reconquistando nossos direitos e nossa democracia, tão frágil e necessária.
Gratidão, Priscilla, pela bela perspectiva.
Gostaram?
Escreva o que achou nos comentários. Deixe também sugestões de temas ou perguntas.
Gratidão.
Com amor,
Juliana
Prata.📖
sexta-feira, 6 de outubro de 2017
Conversa ao vivo no Instagram
Oi gente! Beleza?
Quero fazer um convite.
Hoje às 20h teremos uma Live, uma conversa ao vivo no Instagram sobre Mapas Mentais na prática.
Cinco alunos meus me deram propostas na Live da quarta e hoje vamos colocar a mão na massa!
Você deve ter uma conta no Instagram, seguir o @suavidaacademica e estar lá no stories às 20h! Simples, né!?
Te espero!
Com amor,
Ju.
Quero fazer um convite.
Hoje às 20h teremos uma Live, uma conversa ao vivo no Instagram sobre Mapas Mentais na prática.
Cinco alunos meus me deram propostas na Live da quarta e hoje vamos colocar a mão na massa!
Você deve ter uma conta no Instagram, seguir o @suavidaacademica e estar lá no stories às 20h! Simples, né!?
Te espero!
Com amor,
Ju.
segunda-feira, 2 de outubro de 2017
Entrevista com os autores do livro Saberes e Práticas Docentes na EJA
Oi, gente! Beleza?
Vocês lembram que no dia 30 de agosto houve um lançamento de livro super importante para a pesquisa em Educação, especificamente sobre a EJA?
Muito bom, né, gente!?
Vocês lembram que no dia 30 de agosto houve um lançamento de livro super importante para a pesquisa em Educação, especificamente sobre a EJA?
Então, os autores gentilmente cederam entrevistas lindas ao nosso blog. Para que todos possam acompanhar de perto, minha proposta é apresentar as entrevistas individualmente.
Vamos lá!
A primeira entrevistada é a professora da Faculdade de Educação da UFRJ Alessandra
Nicodemos, organizadora do livro.
Sua Vida Acadêmica: Como foi a experiência de escrita?
Alessandra Nicodemos: Gratificante, pois foi um
relato da minha experiência na Coordenação do Curso de Especialização e de sua
opção politico-pedagógica de proporcionar aos egressos a possibilidade de
publicação de sua produção intelectual como professores-pesquisadores de seus
cotidianos.
SVA: A EJA é ao mesmo tempo a ponta frágil do sistema educativo
e uma potência de práticas. Qual o viés que você trouxe para o debate nesse
campo? Quais temas escolheu e por quê?
A.N.: De reconhecer a importância
na formação dos docentes da criação de momentos de produção e escrita para os professores
sbre os seus saberes e fazeres.
SVA: Qual é a expectativa de alcance do livro para os sujeitos
que participaram da pesquisa? Pensam em algum tipo de retorno ou seminário?
A. N.: A expectativa é de que o
alcance seja amplo e que o livro se constituía como material para outros processos
de formação continuada de docentes da EJA, na Universidade e na Escola.
SVA: Qual mensagem você gostaria de deixar para os pesquisadores
em EJA?
A.N.: Que a EJA, por suas
especificidades e pouca atenção do poder público, se constitui e se fortalece
no chão da escola, na produção crítica de seus docentes e estudantes. O livro é
a materialidade dessa possibilidade, então é na ponte com as experiências do
cotidiano é que o campo da EJA pode e deve se fortalecer.
SVA: Qual mensagem você gostaria de deixar para os estudantes da
EJA?
A.N.:Que nunca se esqueçam que a
EJA é um direito, e que ninguém pode tirar essa possibilidade de vocês e
mais do que isso, que a educação a ser ofertada deve ser de qualidade, com
respeito ao seu tempo de aprendizagem e acolhimento a sua rica experiência de
vida.
E assim vamos nos fortalecendo, retroalimentando e construindo forças para lutar por uma educação de qualidade. A professora doutora Alessandra Nicodemos nos mostra essa caminhada em sua fala e com a organização desse livro, ajuda a tornar mais visível as demandas da Educação de Jovens e Adultos. Parabéns, professora!
Eu trabalhei 9 anos numa escola de EJA na Baixada Fluminense (RJ) e esse tema é muito importante para mim. Símbolo de luta e de militância pela educação brasileira. Autoras como a professora Alessandra me tiraram o sono na vontade de pesquisar e aprender mais sobre o Ensino e a Educação Pública.
Gratidão, professora Alessandra Nicodemos.
Gratidão a você que acompanha carinhosamente este blog.
Com amor,
Juliana Prata.📖
Assinar:
Postagens (Atom)