sexta-feira, 30 de dezembro de 2016

Elevando seu nível acadêmico


Oie!
Tudo bem? Preparado para 2017? É... tá...vamos lá!
Então... alguns eventos em nossas vidas nos fazem mudar de fase,  em uns a gente se ferra, em outros, somos promovidos dentro de nós mesmos. Casar, divorciar, nascimento, morte, mudança, doença, cura, são eventos que podem nos transformar muito. Eventos acadêmicos também, por incrível que pareça.

Esse ano vivi três experiências que me elevaram. A primeira foi meu retorno ao grupo de pesquisa. Estudar em grupo é realmente outra coisa. Se você ainda não tem um grupo para chamar de seu, procure e lute por seu espaço. Estudar sozinho é legal, mas elevação mesmo você tem em grupo. Convites, seminários, trocas, isso nos faz crescer, produzir mais e melhor e, especialmente, nos dar uma identidade acadêmica. Se você pretende fazer um mestrado ou doutorado, conhecer seu possível orientador no dia da entrevista não é um bom plano. Mande um email, seja simpático, participe do grupo de pesquisa, leia os textos e relaxa porque você tá no caminho certo, vai por mim. Sabe que eu só boto na boa, neah?!
A segunda experiência ocorreu em outubro, o mês que elejo o mais “acadêmico do meu ano”. Fiz uma palestra na Marinha do Brasil sobre estratégias e desenvolvimento de carreira acadêmica. Uma palestra para uma plateia grande, num seminário anual de ensino.
Gente, isso me sugou para um nível acima do qual eu estava acostumada. Nunca pensei em estar num espaço do tipo, mas aquele protocolo e organização nada menos que impecável, me transformou. Eu entrei uma pessoa e sai outra.  E a palavra que não saiu da minha cabeça, embora não tenha sequer sido pronunciada foi EXCELÊNCIA. Isso definiu outros rumos e prioridades para mim. Então, minha dica para 2017 é: esteja em lugares de excelência que o façam refletir sobre quem você é e como pode ser e fazer melhor. Lacrou, Marinha. Xonei mesmo.
A terceira experiência foi TOP. Minha parceira de trabalho de 2015 me chamou em maio para ser parte de sua banca de pós-graduação na UFRJ. Jesus... que dia lindo foi aquele? Li o artigo 550.000 vezes, colei todos os post-its que eu tinha e fiz várias anotações e um super mapa mental. Vesti minha saia de baronesa de Mambucaba (Um dia eu conto essa história) e lá fui eu... para a universidade que estudei! Queria ter levado a minha avó pra me ver! Minha primeira banca de pós!!! Com 32 anos!!! Obrigada, Jesus. Um beijo pra minha mãe, pro meu pai e pra vc, Xuxa!!!
Precisa dizer que eu estava mais nervosa que a vítima? Não, né!? Eu estava até suando frio. Uma banca com mais três super mega doutores e eu, a humilde meritiense. Pensei até numa parada tipo “A classe operária chega ao paraíso”. E fiz as coisas direitinho! êêÊ. Nada de passar vergonha, meu povo.
Meu recado para você é coloque-se em situações de excelência e elas vão te ajudar no exercício infinito de se reinventar e ressignificar sua vida.
Bom 2017.
Luz e força.
Com amor,

Ju.
😉Excelencia como Meta


segunda-feira, 26 de dezembro de 2016

Aprendendo mais em 2017


Oie, amigxs. Tudo bem? E o Natal? Sentados vendo TV? Animadão, né!? Rs...

A cada novo ano eu tenho o hábito de eleger novas coisas que quero aprender. A minha lista está pronta. Quero te dar umas ideias, caso você ache legal implementar:

1-      Tenha um plano de aprendizagem, desenvolva suas metas em projetos menores que possam ser concluídos em um ano ou menos e que estejam relacionadas aos seus valores e horizontes de vida.

2-      Aprenda sobre educação financeira: não só melhores meios de guardar dinheiro, mas também formas de investir e fazer seu dinheiro trabalhar para você.

3-      Aprenda sobre educação/reeducação alimentar. Uma  vez reestruturada essa questão, impacta sua vida em diferentes sentidos e é positiva de todas as formas: econômica, estética, emocional, física, autoestima, dentre outros.

4-      Estude um pouco de técnicas de oratória. Aprender como falar de forma mais clara e mais marcante é sempre importante. Para todas as suas áreas de atuação!

5-      Gosta muito de um tema, mas não gostaria de entrar em uma graduação ou pós? Ué, gente, internet está aí pra isso! Com seu plano de aprendizagem montado, estude História Medieval, Civilizações Antigas, Mecânica Quântica ou Decoração de cupcakes. Você é livre!

6-      Aprenda sobre armário cápsula. Você economiza horrores e aprende a combinar todas as roupas, economizando também tempo. Sou geminiana. Preciso de limites. Caso não os tenha, perco tempo e objetividade em coisas simples como escolher a marca de caneta que eu prefiro (- Você não sabe o que prefere, Juliana? - Hummm...não. Sou geminiana, gente)

7-      Estude sobre as cores que combinam mais com sua cor de pele e cabelo e pare de comprar o que não te valoriza.

8-      Aprender sobre como estruturar novas rotinas, especialmente uma em casa e outra no trabalho, te dá um controle da gestão de seu tempo e do que você é capaz de fazer num período determinado, e  você não vai querer outra vida. É Chato? É. É eficiente? É. Então é isso que importa. Sugiro a leitura do livro O Poder do Hábito.

9-      Aprenda a registrar tudo num caderno ou celular. Sua mente deve ter espaço para exercitar a criatividade e não ficar te acordando as 3:05 da madruga para te lembrar que você tem dentista. Ah, você deve ter um processo contínuo de revisão das informações para que esse download seja eficiente para você.

10-   Aprenda a viver mais no tempo presente. Nada de futuro. Nada de passado. Sua vida acontece agora. Atenção Plena ou Mindfulness foi meu grande aprendizado de 2015 que eu usei muuuuuito em 2016 e espero que pelo resto da vida. Respire e aproveite o dia.

11-   Tem currículo Lattes? Não? Deveria ter. Se você já tem, assista um tutorial sobre como preenchê-lo corretamente. Algumas informações são inseridas mais de uma vez. Exemplo: Você foi a um congresso e apresentou um trabalho. Provavelmente existem três inserções a serem feitas em seu currículo: participação em congresso, apresentação de trabalho e publicação nos Anais do congresso. Prestenção, galera. Prestenção!!! Não vale engolir barriga (Seja lá o que isso signifique).

12-   Cadastre-se num grupo de agenda do Facebook para ver os eventos que você quer/pode participar em 2017. Você planeja e manda ver!

É isso. Feliz 2017!

Com amor,
Ju.


domingo, 18 de dezembro de 2016

Menos é melhor!


Menos é melhor!
Oie! Tudo certinho com você?
Comigo tudo beleza.

Separei uns livros para doação num propósito pessoal de passar para frente o que eu não uso e parei para escrever. Conheço muita gente doente por livros, postais, papéis da faculdade, convites de casamento e tickets de metrô de outros países (Não sou eu) e acho que vocês precisam de ajuda (Só vocês, tá!? Eu não) . Então vai minha contribuição. Não que isso aconteça comigo, claro. É que eu tenho uma amiga que guarda muitas coisinhas. E eu fique claro que eu quero ajudá-la. Não insista, não sou eu (!).

Hoje nosso assunto é destralhe. Bem, destralhe não uma palavra muito usada porque é uma tradução livre de Declutter, termo muito usado nas conversas sobre minimalismo. Eu amo esse assunto. Acredito que termos menos coisas é mais produtivo simplesmente por perdermos menos tempo para limpar, cuidar, assegurar e, às vezes, até se irritar. Eu tenho poucas roupas, poucos sapatos. Mas vou te contar, na minha casa os papéis e livros procriam (E as canetas e lápis...nem se fala...e tem os potes.). Na sua também? Ah, então fica comigo que vem dicas por aí!

Há seis meses comecei a me desfazer de muitos livros. Descobri uma pequena biblioteca num bairro próximo. Doei, recolhi doações de amigos e a sensação foi mágica. Cara, mais perfeito impossível. Eu me livrava de um monte de livros e, como eles eram realmente bons, contribuía para o crescimento potencial do capital cultural de uma comunidade. Promoção de leitores. Ah...perfeito! E foi mesmo.

Reduzi 20% do meu acervo estabelecendo os seguintes critérios de permanência: Estética (Ah, gente, eu adoro um livro bonito, principalmente os de artes e fotografia), Utilidade presente (Eu não sou maluca de jogar minhas referências fora), Referências futuras (Vai que...né!?) Clássicos (Tem que ter) e Diversão (Já falei que AMO autoajuda?, ah, a parte dos livros de alienígenas também...hehehe). O que não se enquadrou, partiu para o além: manuais, livros de receitas (que eu nunca fiz e nunca farei), minhas revistas especializadas em bolos artísticos (Já falei que sou cake designer? É que eu sou geminiana, sabe como é!?), livros de Ciência Política (Adeus, queridos! Andem pela sombra!), livros de consulta que posso acessar pela internet gratuitamente, dicionários de filosofia e sociologia, livros didáticos de filosofia e sociologia, livros de romance que eu particularmente detesto, mas vez ou outra as pessoas me dão (Sutileza!) e o mais louco: os livros de recordação. Durante algum tempo eu realmente acreditei que livros e cartões postais eram coisas da mesma natureza. É claro que não li nenhum, mas a cada lugar que eu visitava, eu comprava livros, a maioria estranhos e que não tem nada a ver com meus interesses. Enfim, adeus.

Foi assim que juntei 3 caixas e encaminhei para a biblioteca comunitária. Se eu tiver uma crise, posso até visitá-los (Mentira. Nunca irei.)

É isso. Me fez bem. Talvez você possa pensar sobre os seus também.

Com amor,
Ju.


domingo, 11 de dezembro de 2016

Surpresas para 2017

Pensei em fazer uma retrospectiva de 2016, mas...tá...esquece. Já tive ideias melhores!
Então, gostaria de fazer um balanço do blog nesse ano.

E a primeira coisa que tenho que falar é: MUITO OBRIGADA!
Esse ano, o blog conquistou proporções muito bacanas, que eu não poderia imaginar.

Pessoas da França. Estados Unidos, Ucrânia, Portugal, Canadá e de diversos estados do Brasil me enviando mensagens de agradecimento e estímulo...muito legal. Gratidão mesmo!

O que mais me emociona é a sensação de levar a frente minha missão que é estimular a boa relação das pessoas com o conhecimento. E a ferramenta que eu uso para isso é o bom humor e dicas de escrita e estudo, o que eu sei fazer.
Sim, eu preferiria dicas de moda, maquiagem, maternagem e claro dicas fitness...mas se você esperava isso...rsss...Blog errado!
É, sou bem humorada e nerd...cada um só pode dar o que tem, néah!?

Então como gratidão por mais de CINCO MIL leitores e leitoras MENSAIS, decidi organizar mais esse blog.

Vai ter editorial!!! êÊêÊ

E é só isso, Lombardi!? Não, Silvio!!!!
Vai ter tema mensal para a Juliana não postar loucamente sem lógica.

E não é Só isso!!!
Vai ter entrevistas com convidados muito especiais para contribuir com nossas reflexões.

Uau!!! E tem mais, Lombardi???

Sim, Silvio!!!
Juliana vai inaugurar um canal no youtube e abrir agenda de palestras, porque não tá fácil pra ninguém.

E só isso ou tem mais?
Tem mais!!!
2017 vai sair o LIVRO DO BLOG VIDA ACADÊMICA.
ÊÊÊÊÊÊÊEÊÊêe!!!!

Um beijo e gratidão por tudo.
Com amor,
Ju

ah...quero fazer a indicação do blog da minha irmã gêmea Raquel (eu sou a Ruth) e o seu nome verdadeiro é Priscilla. Procura o periperciasdepriscilla que você não vai se arrepender!

sábado, 26 de novembro de 2016

Como pesquisar no Google?

Oie! Beleza?

Comigo está tudo bem. Muito trabalho, muito estudo, muitos sorrisos.

Tempo é dinheiro? Não, exatamente. Para mim, tempo é vida.

Gosto de pesquisar ferramentas de otimização e aproveitamento do tempo. Disso vocês já sabem... então, trouxe mais uma novidade. J

Hoje gostaria de compartilhar com vocês algumas descobertas que fiz nos últimos tempos sobre maneiras de otimizar a pesquisa no Google. Para mim ajuda bastante, espero que ajude você também. Fiz um mix de conteúdo dos livros “60 estratégias práticas para ganhar mais tempo”, do Christian Barbosa  e um pouco de observações pessoais. Vamos lá!

Segundo Barbosa (2013, p.74) o “Google é, disparado, o melhor e mais usado sistema de busca do mundo. Ele pode ajudar você a encontrar tudo o que precisar. Porém, em um mar de informações, achar aquele peixe que você está procurando pode ser uma tarefa muito difícil”.

Minha amiga Elisa Saad diz que se não tem no Google, não deve existir, rs. (SAAD, 2002) S2

Barbosa então dá umas dicas que considero que mereçam tatuagem no coração. São boas mesmo.

1-      Observe ao digitar uma frase na caixa de escrita do Google se você está indicando tendência. Escrever “Antibióticos fazem mal à saúde” oferecerá resultados que só indicarão a confirmação da afirmativa. Segundo Barbosa, se você escrever “Beber água faz mal à saúde”, ficará impressionado com os argumentos que a ferramenta indicará. Eu tentei. É verdade, gente;

2-      Use as aspas caso você queira especificar termos exatos. Se você pesquisar “sociologia da educação”, encontrará somente assuntos que passem nos dois filtros de pesquisa. Se escrever sociologia da educação, sem as aspas, surgirão nos resultados artigos que tratam isoladamente de sociologia e outros que tratam de educação;


3-      Se você estiver procurando apresentações do tipo PowerPoint, na pesquisa você pode colocar: “dicas de escrita”filetype:ppt. Especificando a extensão do arquivo, o Google filtra os resultados. Isso me salva quando quero ideias para aulas e palestras;

4-      Se quiser procurar algo específico de um site e nele não houver opção de caixa de busca, você pode lançar no Google: “declaração de isento” site:http://www.receita.fazenda.gov.br/  Uso todo ano!


5-      Para trabalhos escolares, artigos científicos, trabalhos de conclusão de curso (TCC) e pesquisas, em vez de usar o Google padrão, use o Google Acadêmico ( http://scholar.google.com/);

6-      Se você estiver procurando um arquivo salvo em PDF, siga a mesma orientação do tópico 3: “dicas de escrita”filetype:pdf. Eu uso esse formato quando procuro artigos de revistas científicas que geralmente são postadas com este formato;

Aguardem, nas próximas postagens vou falar outras dicas de uso otimizado do Google e outras ferramentas que você pode se beneficiar, especialmente na organização da Vida Acadêmica. Estou fazendo o editorial do próximo ano no blog e as postagens vão, além das habituais dicas de escrita e de estudos, englobar um pouco mais a organização do trabalho acadêmico e reflexões sobre os movimentos de criação na escrita. Espero que fique bem legal.

Com amor,

hasta la victoria siempre,
Ju.


domingo, 20 de novembro de 2016

Dicas de como ler mais e melhor

Oi, amigxs. Tudo bem?
Hoje vamos conversar um pouco sobre metas de leitura para 2017.

Sou uma pessoa que gosta de sistematizar e desde 2015 tenho metas anuais de leitura. Entre 2004 e 2006 tive metas de filmes no cinema, mas essa vida, com filho pequeno, não me pertence mais.  É, né...
Enfim, em 2015 eu não estava apostando muito em mim e defini 20 livros como meta de leitura, sem contar com os livros técnicos que deveria ler para o grupo de pesquisa, escrita de artigos ou questões do meu trabalho. Bati essa meta fácil.
Em 2016 fui mais doida e defini 50 livros para o ano. Bati mais mole ainda, derrubei a marca no início de setembro. Estamos agora em novembro e já estou com 62 livros lidos.

Muita gente me pergunta como eu consigo, então decidi dividir com vocês.

1-      Leio sempre, toda hora. As janelas de tempo são incontáveis durante o dia. Chego cedo no trabalho, leio. Estou aguardando no médico, leio. Meu filho está brincando sozinho super compenetrado, \o/ \o/ eu leio!
2-      Tenho sempre um livro na bolsa. Um dos critérios para compra de bolsa é caber um livro de tamanho regular;
3-      Sou fã do Google Livros, um aplicativo que você pode comprar livros e pagar no seu cartão e eles ficam online para você acessar em qualquer dispositivo. Eu leio no celular, raramente no tablet. Eu amo. Tenho até um teto de gastos para não me descontrolar;
4-      Eu sempre ouço audiobooks. No Youtube você tem um acervo grande de clássicos e livros modernos para serem ouvidos gratuitamente. Já ouvi clássicos da administração e da ciência política e vale a pena;
5-      Fiz amizade com o cara da livraria que mais frequento. Ele captou meu gosto e sempre me oferece coisas legais. Super economia de tempo e uma boa conversa de quebra;
6-      Exterminei meu tempo de TV, mas amo Netflix. Não, não é a mesma coisa. Nem vem...
7-      Fiz um curso de leitura dinâmica quando criança (!)  Sim, nem tenho como explicar isso. Mas não leio as palavras isoladamente, leio em grupos de quatro ou cinco palavras. Eu consigo fazer isso pelo treino. Quando nunca ouvi falar no assunto sou mais lenta. Mas eu não oralizo quando leio visualmente. Isso significa que eu não fico mentalmente lendo, nem mesmo numa leiturinha rápida. Eu não oralizo. Apenas vejo os grupos de quatro em quatro e sigo as sequências;

7.1- Algo que ajuda muito e eu já falei aqui no blog é cronometrar seu tempo de leitura numa página inteira. Só de você ter essa intenção, seu cérebro irá tentar alcançar novos ritmos de velocidade. Se você acha que não vale a pena, ao menos terá uma estimativa de tempo para a leitura de algum material. Isso serve muito para calcular o tempo que precisa para deixar as leituras em dia!
8- Eu planejo o que vou ler antes do próximo mês de iniciar. Isso me dá um parâmetro sobre o que quero descobrir naquele mês e qual será a sequência de livros. Tenho tempo de pesquisar os preços e comprar os livros online ou físicos; Faço isso como um Mapa Mental;
9-      Sou professora, meu contracheque tá sempre na bolsa. Vai que dão desconto para mim...Eu tento, sempre;
10-    Meu teto de gastos é de R$70,00 reais mensais e por isso concentro meus livros nos formatos online porque são mais baratos. Não gosto de livros muito antigos de sebos porque sou alérgica. E tento adotar o minimalismo, então procuro ter poucas coisas para não entulhar minha vida, nem com livros.

Para 2017, declaro uma meta de 50 livros novamente. Vai que, né?!
    Ah, uma coisa que me perguntam é se eu abandono livros...ô...claro. Se são chatos, adeus. Direito dos leitores.

E você? Já pensou em ler mais em 2017?

É isso. Saudades de vocês.
Com carinho,

Ju.

quarta-feira, 20 de julho de 2016

E hoje é dia de apresentação de trabalho na Jornada Acadêmica do IFRJ!


Mapa mental e slides prontíssimos!

domingo, 3 de julho de 2016

Como eliminar a procrastinação?

Uma querida me encomendou a postagem sobre procrastinação.

Rafaela trabalha com equipes e entende bem que nós mesmos nos boicotamos e é desse ponto que quero partir.

Procrastinar é uma palavra que cada vez mais tem sido difundida em nosso vocabulário. Lembro-me a primeira vez que a ouvi. Foi o Caduh, um culto, super professor de História e mágico que trabalhava comigo. Isso deve ter uns 7 anos. Sou muito ligada a nomes e palavras diferentes, por isso me lembro. Não se assuste, rs.

Então, o Caduh me explicou de forma simples: procrastinar é deixar para depois o que você pode fazer agora.

Vários estudiosos da gestão do tempo e da psicologia positiva apontam para o grande problema da procrastinação.

Para mim, o cerne dessa questão é não se levar a sério. Um exemplo: minha mãe brigou comigo porque ela que paga minhas contas sempre (eu dou o dinheiro, tá!?) e quem paga as contas do meu companheiro sou eu. Ela estava chateada, com razão.  E aí que ficou ruim para o meu lado. Ela parou de levar as contas para o banco. E Eu? Não paguei. E as contas do Gustavo? Todas pagas em dia. É bebé, foi aí que eu saquei minha tendência e ser mais comprometida com os outros do que comigo mesma!

Quem tem esse probleminha, levanta a mão!

Percebi que o lance da procrastinação na Vida Acadêmica e na Vida Real é tudo mais ou menos a mesma coisa. O trabalho acadêmico tem prazos estranhos, às vezes curtos, às vezes longo, mas no final, as pessoas geralmente terminam de escrever em “cima do laço” e não com um espaço que te permita a dignidade daquele olhar de tranquilidade e organização (raro, né!?)

Minhas dicas para desenrolar sua vida e evitar a procrastinação:

1- Leve-se a SÉRIO, VOCÊ É IMPORTANTE!!! SEUS PRAZOS SÃO IMPORTANTES.

2- Defina com clareza o que é importante e o que é urgente. Insira as coisas importantes na sua rotina. Não deixe para o último dia, você merece viver! Úlceras, insônia, enxaqueca e estresse, em alguns casos, podem ser MUITO evitadas com uma vida mais calma.

3- Escreva uma lista de “Coisas muito importantes” para serem resolvidas na semana. As coisas mais difíceis primeiro.

3.1- Se algo for complexo, desdobre em ações menores. Exemplo: estou escrevendo um curso, isso não vai ficar pronto em um dia (Que pena né?). Então eu recorto partes menores. Pesquisa de figuras, fonte, escrita de textos... Um pouquinho cada semana. Separo 2 horas semanais para esse projeto que é importante para mim.

4- Prepare-se um dia antes. Vai para a academia e sempre tem preguiça? Separe a roupa no dia anterior e coloque na bolsa (Leia isso mil vezes, Juliana); Amanhã tem que levar um livro? Arruma na bolsa hoje à noite. Enfim, entendeu, né!?

5- Faça um programinha de recompensas. Se conseguir resolver algo, dê-se uma coisa legal de presente. Eu tinha uma lista gigante de coisas que eu procrastinei (MUITO) na minha vida. A pior? Difícil... Levei 8 anos para pegar o diploma de formatura da licenciatura, fiquei 10 anos para encerrar a conta em um banco (sacou meu nível?), Levei um ano para a entregar a versão final da minha dissertação na biblioteca...Acho que tá bom, né!? 

Eu sou uma procrastinadora em recuperação, se eu consegui, você pode também! Caso você seja assim, claro. Caso não, parabéns mesmo!

A dica blaster para mim, que eu aprendi a duras penas é...

Não troque a recompensa de resolver algo que vai desenvolver sua vida por uma recompensa imediata e sem sentido. “Não vou porque to vendo um programa legal na TV”, “Vou amanhã porque vou dormir mais um pouco”, “Mês que vem resolvo isso”.

Isso não faz bem, nos atrapalha e não nos permite seguirmos o fluxo da vida.
Faça um cronograma, se leve a sério.

Com amor,
Ju.

PS: Esse quadro é bem bacana. Está em inglês. As frases são curtas. Se você não domina o idioma, vale a pena traduzir no google translate mesmo.



segunda-feira, 27 de junho de 2016

Artigo sobre nosso blog!

Oi, galera. Tudo bem?

Tenho uma super notícia! Escrevi um artigo sobre o blog sob o título: “INTERAÇÃO E LINGUAGEM NA CONSTITUIÇÃO DE UM BLOG DE ESCRITA ACADÊMICA”, para uma Jornada Acadêmica do IFRJ. Como é um evento mais aberto, com possibilidade de trabalhos mais curiosos e por ter um eixo que se assemelhava ao que eu estava procurando há um tempinho, inscrevi. E, adivinha? Aceitaram!

Estou super feliz! Já falei que este blog é importante para mim e escrever nele e sobre ele tem sido um prazer. Receber mensagens que dizem o quanto o blog tem ajudado, me faz muito realizada.

Obrigada por fazerem parte disso.

Obrigada mesmo, viu!?

Com amor,
Ju.

PS: Vou disponibilizar em breve o artigo na íntegra para quem quiser ler.


quinta-feira, 23 de junho de 2016

Como fazer anotações úteis- parte 2

Oie. Tudo belezinha?

Eu vou bem e cada vez melhor!

Bem, continuando nosso último assunto, vamos conversar um pouco mais sobre anotações úteis. Amei cada comentário de apoio. Minha mais sincera gratidão.

Resolvi então pesquisar um pouco sobre minha técnica mais amada de anotações: O Mapa Mental, ou Mind Map. Essa técnica foi patenteada há mais de 35 anos pelo psicólogo Tony Buzan, um cara que fala muito sobre produtividade em diferentes campos.

Poucos sabem, mas fiz um curso aos 11 anos (sim, aos 11, eu queria balé, mas minha mãe...) de leitura dinâmica, com base nas técnicas desse cara. Ele então é um velho conhecido meu. Como foi fazer esse curso? Aha, imagina, beibe, você com 11 e o restante de sua turma com 40. Noooooossa, foi muito maneiro. Ou melhor, como diz meu filho, foi muito maluco. Odiei, mas até que eu leio rápido.

O Mapa mental faz parte da metodologia de trabalho do Buzan. Ele dá dicas legais para a utilização prática de armazenamento e recuperação de informações e busca trabalhar em sinergia com o cérebro. Isso significa que, quanto mais você usar seus níveis de conhecimento, mais eles aumentarão. (BUZAN, 2009)

O objetivo do Mind Map é ser um modo SIMPLES de transmitir informações, a partir de palavras-chave. Essas palavras-chave:

1- Ativam o tipo certo de lembrança;
2- É prática, portanto não é muito descritiva, abstrata nem geral;
3- Traz à mente uma imagem específica;
4- Satisfaz a pessoa;
5- Tem capacidade de resumir informações.

Para mim, Mind Map é a melhor técnica para usar em resumos de livros, artigos e outras informações escritas. Como falei no último post, para informações orais prefiro a metodologia de Cornell, como já justifiquei. Lê lá!

Uso Mind Map também para planejar minha semana e meu mês. Eu acesso mais rapidamente as informações quando elas estão em algum sistema de esquema estruturado. Lista, Mapa Mental e iconografias funcionam muito bem para mim.

Sim, eu desenho. Igual minha cara, claro. Nos livros que leio (já foram 33 em 2016. Acho que vai ser a primeira vez que vou bater a meta de 50 em um ano. Oremos) tem várias carinhas desenhadas. Se a maioria é carinha feliz? Claro que “daum”. Eu sou uma acadêmica, confusão é meu sobrenome.

Voltando ao assunto, para resumos de livros, tenho um caderno e uso uma página para cada mapa de livro. Assim, tenho tudo arquivado e acesso rápido quando preciso. E mais importante NÃO PERCO. O importante nesse registro é não escrever muito, se você usar frases curtas e abreviaturas, vai estimular seus centros de memória a completar a informação e, consequentemente, se lembrar do que precisa.

Rafaela, amiga dos tempos de escola e diretora de Mercado de Beleza, você pode adaptar essa metodologia para registro de procedimentos, técnicas, produtos, marketing e o trabalho com seus grupos (Juro que tô trabalhando no tema que você me encomendou J).

Os Mind Maps de planejamento do mês ou semana eu sempre escrevo em um caderninho que sempre anda comigo. Nele aponto gastos, escrevo lembretes, orçamento, listas de coisas que tenho que fazer, meu bullet journal, essas coisas que são chatinhas, mas dão um super UP na sua produtividade e clareza na sua vida.

Estou fazendo uns Mind Maps no Prezi, que estou gostando muito. Depois eu mostro, são posicionalmente favoráveis às recordações das informações, uma vez que o esquema espacial, possível no programa, é uma forma virtual dos caminhos que nossos sistemas de armazenamento natural se estruturam. Uma coisa dentro da outra, e uma terceira na sequência, enfim... um esquema que te favorece, sem dúvidas.

É isso por hoje, querid@s.

Minha professora de inglês maravilhosa perguntou por que eu tinha um blog, se dava trabalho, o porquê de ser sobre escrita acadêmica... essas coisas. E tenho pensado muito sobre isso. Mas não há dúvida que para mim, é um instrumento de divulgação científica. Democratização acadêmica mesmo. As panelinhas existem? Claro. Eu mesmo faço parte de várias (Meu sincericídio é óteeemo). Mas que os espaços sejam cada vez mais abertos e acessíveis a todos. Que não seja tão difícil pra você quanto foi para mim.
Com amor,

Ju
Livro-referência desse texto

terça-feira, 14 de junho de 2016

Como fazer anotações úteis

Oi, amig@s!
Tudo bem? Eu tô bem e cada vez melhor! E viva as afirmações positivas para animar a semana!

Semana passada, como de costume, fui ao grupo de pesquisa do outro lado do mundo, perdendo 5 horas da minha vida no trânsito e, dessas, 2 foram dentro de túneis...maravilha, né!? Mas tive umas ideias bem razoáveis para dividir aqui com você.

Nossa discussão era, entre outras coisas, sobre leitura e análise de gráficos PAH! Sabe o que é um gráfico PAH? Não? Ahahaha, é aquele que quando você olha, você olha de novo, e de novo e pensa PAH! Só pode ser uma pegadinha, “num intendi nada, manhê”. Então, era desses que estávamos falando.

E eu - nerd que sou - anotando desesperadamente tudo. Uma colega ao lado ficou colando minhas anotações e fazendo perguntas. Eu percebi que fazer anotações não é uma coisa tão simples e que os sistemas de classificação e organização diferem muito de pessoa pra pessoa.

Durante uns vinte anos (tá, uns trinta) meu sistema de organização era múltiplo e variado          (ainda bem que minha mãe não me lê!). Guardava livros escolares embaixo da cama e só os desarquivava depois de levar uma anotação na agenda por não leva-los há um mês, perdia meus diplomas dentro de casa, dessas coisas legais que a gente quer se matar quando precisa. Um belo dia, tive que tirar a segunda via do meu título de eleitor, que na verdade era quarta via. E nesse belo dia “decidi mudar”.

Os meus passos são lentos, mas dão certo. 

Há alguns meses ( quase isso, uns 4 dias) estou testando um novo método de anotações. Chama-se Método Cornell (Gente, tô com um orgulho de mim, escrevendo essas coisas sérias... J) Pois bem, esse método foi desenvolvido pelo professor Walter Pauk, em 1950, na Universidade de Cornell (e eu quebrando a cabeça desde os três anos para saber o que vai cair na prova). Esse método de organização da escrita tem eficácia comprovada no acesso à memória curta (É pra glorificar de pé!).  Ele é eficiente para o registro de reuniões, aulas, palestras, fichamentos e coisas do gênero.

Vou botar uma fotinho pra vocês verem do que estou falando:






Existem vários modelos, mas esse é o esquema-base. O esqueleto do registro é separar uma folha em duas colunas e uma caixa abaixo. Na coluna da esquerda, anotamos os tópicos os temas, na direita, anotações, dúvidas, comentários e frases-síntese. Na caixa de texto abaixo, um breve resumo.

Eu prefiro especificamente o método Cornell para registro de exposições orais porque não sabemos com segurança qual será o próximo passo. Nesse caso, meu amor- maravilhoso- fofinho do mapa mental, deixa a desejar. Vai que eu puxo um tópico que não era tópico, que era apenas um comentário que fugiu do tema? Oremos e analisemos pessoal. Fica a dica!

Queria fazer uma série de postagens sobre como fazer anotações produtivas. O que acham? Muito chatão? Quem sabe um dia eu escrevo sobre moda, #sqn. É o que tem pra hoje.

Espero que você goste.

Com amor,

Ju.

segunda-feira, 30 de maio de 2016

Como escrever um memorial acadêmico?

Oie! Tudo bem?
Bem, eu to ótima. Lendo como jamais li. Já estou no "rumo aos 25!" em 2016. O assunto do Mindfulness pra mim ainda é o melhor, mas gestão financeira e produtividade tem tido efeitos drásticos em minha vida. Recomendo!
Vamos lá!

Uma maravilhosa amiga pediu para eu escrever sobre escrita de memorial.

Memorial é um formato específico e menos formal de apresentação de trajetória de vida e/ou profissional bastante pedido para ingresso em cursos avançados e concursos. Eu tenho uma boa experiência com memoriais, mas poderia ser ótima. Estudei sobre isso e reuni alguns apontamentos sobre como fazer um memorial supimpa de excelência (!).

- Insira uma citação bacana que fale sobre contar sua própria história, tecer redes de saber, aprender, construir, olhar para trás, essas coisas... Arruma o texto e causa uma boa impressão. Um trechinho de poesia também é bem chique.

- Coloque-se. Essa é minha dificuldade. Eu não gosto de escrever sobre minha vida pessoal, ainda mais para estranhos/avaliadores. Meu marido se chama Gustavo Lima, entende que eu tenho que me preservar!? Hahahahaha.

 Sério. Escreva um pouco com o coração, conte sua trajetória com alguns elementos emocionais. Conte sua história, mas não apele. Nada do tipo “Preciso entrar nessa pós porque me sinto deprimida e sem foco na vida” Pelamordedeus! Algo como “a busca pelo conhecimento científico é também a busca por mim mesma” ou “a pesquisa me move a ler o mundo com mais sensibilidade”, fica legal. Entendeu a diferença?

- Enumere num Mapa Mental (A-M-O) todos os seus cursos e certificações, com as devidas comprovações. Se o edital pedir, você já copia na exata ordem que aparece citado no seu memorial. Se você fez um curso de telemarketing em 1998 e acha que não tem sentido citá-lo, beleza. Tranquilo e favorável. Escreva apenas sobre o que você acha que faça sentido para o pleito da vaga, ainda que você coloque nas comprovações o certificado de algo que não citou.

- Se você tiver alguma relação com a instituição, por menor que seja, ou mesmo com entidades parceiras, escreva isso no seu memorial. Fiquei sabendo ontem pela presidente da banca de admissão ao meu concurso que se eu tivesse escrito a experiência de uma extensão de 10 anos atrás eu teria ganho mais pontos e credibilidade. E o que eu fiz quando ouvi isso??? Morri, claro. DUhhhhhh! Um dia eu aprendo!!!!

- Faça algo de em média 4 laudas. Seu avaliador quer ter a ideia ampla sobre se sua trajetória combina com a vaga. Não fale sobre suas férias de 2001. Nem sobre a cirurgia que sua tia fez. Aliás, nada de mortes. Nada de doenças. Conte uma vida leve, rs... Você também deve mostrar que vai dar contar do trabalho/estudo. Se sua vida for um caos, pode pegar mal. Deixa para contar depois que você passou.

- Um parágrafo para cada experiência de trabalho ou estudo relevante é uma boa média. Se você achar que algo é muito importante, não faça nada muito maior que três parágrafos.

- Não escreva informalmente, como eu escrevo aqui, por exemplo. Eu tenho um blog, escrevo como se estivesse falando mesmo. Mas memorial é menos formal, o que não significa informal. Use palavras adequadas e nada de trocadilhos.

- No final, escreva na cara de pau que nos horizontes de seu caminho você vê que pode contribuir para a instituição, para a construção de saberes, tecendo fios em prol da sociedade brasileira e outras coisas bonitas que você sabe escrever. Deixe claro que você é super ótimo(a) maravilhoso(a) para a vaga. Que eles vão perder se não te aprovarem. Eu sempre digo que sou maravilhosa, uns acreditam, outros não. Eu tento. J

- E, no caso de arguição sobre o memorial, leia antes. Se você já fez muita coisa na vida, pode se confundir.
- No ato da entrega, leve uma cópia extra. Já aconteceu de uma suplente querer ler também e eu tinha essa carta na manga, quer dizer, na pasta (Ô, Glória!).
- Leva com capinha plástica (pode chover, tá!?) e também coloca o símbolo da instituição na primeira página. Dá credibilidade. Não sabe o símbolo? Procura na net, ser de luz!
- Ah, lê para algum humano. Não ria, eu lia para o meu falecido gato, Jorginho Alessandro. Ele me desprezava, igual minha banca da primeira pós lato (Se vc foi dessa banca, te desejo muita luz pq vc precisa, tá!?). Mas...os humanos bons, podem te dar ideias sobre um fragmento que não está claro. Quando escrevemos sobre nós, corremos risco de atropelarmos episódios importantes academicamente. Leia para um (a) amigo (a) que esteja prestando atenção (!) e ele pode te ajudar.

- Olha ANTES para as necessidades de sua impressora ou ela pode se vingar de vc na hora “H”. E não fale em voz alta que precisa dela naquela semana. Impressoras são sondas alienígenas rancorosas. Eu mando muita luz e amor para a minha (Tá vendo, Priscilla!?)

É isso, espero que esteja legal, PatyStar.
Espero que vcs gostem.
Com amor,

Ju.          

sexta-feira, 22 de abril de 2016

Como decorar autores?

Oi, amig@s. Tudo beleza?
Gente, o último texto foi um bombou! Se eu tivesse a menor ideia do que eu escrevi que foi legal, eu juro que repetiria...rs...Sério. Mas...

Esse texto foi o primeiro a ser encomendado no blog. Minha amiga de carnavais, Mari, a palinologista (!) que está num programa super duro de doutorado, me pediu que escrevesse sobre a “decoreba dos paranauê”, o que defino como um sistema de classificação autor-obra-data, que tem como finalidade, facilitar a associação mental e nos fazer recordar com mais rapidez para fins mais voltados a fala, especialmente com obras que lidamos continuamente.

Estudei meses sobre isso e sabe aquele encontro do grupo de pesquisa que falei semana passada? Gente, aquele foi um dia de milagres! Acredita que eu tive uma ideia sobre isso também??? Tá certo que na volta eu perdi 2 ônibus e mofei por 1 hora no ponto e xinguei  desconjurei o fato de ter ido para a UNIRIO, mas...passou. Ufa.

Enfim... antes, eu falei que esse sistema é muito mais voltado para a fala. Por quê? Bem, na hora que você escreve geralmente você tem mais tempo para uma consulta e referência cruzada, mas na hora de falar... Gaguejou, perdeu. Na sustentação de argumentos então...uh...

Mas vamos lá, esse sistema autor-obra-data eu apliquei aos autores que trabalhei no projeto do doutorado. Após a escrita do texto de forma criteriosa e sob os critérios científicos necessários que vocês já tem ideia, estruturei um curto mapa mental de cada autor citado, usando como esqueleto as referências do trabalho. Por exemplo, Bourdieu, livro X, 1983, designa juventude como blá, blá, blá, o centro de sua questão é o conflito de gerações (isso feito como mapa mental- veja nos posts anteriores se não sabe do que eu estou falando).

Fiz isso com todos os autores. E super valeu a pena. Depois que você termina (eu fiz tudo em 3 folhas de papel), você faz o que eu chamo de leitura com intenção. Eu leio, dia sim, dia não, por uns 4 dias. No quarto dia, você já pegou o esquema! Isso se você não tiver uma memória fotográfica, como eu. Por que se você tiver, acho que em um dia resolve. O segredo é o mapa mental sucinto. Quanto menor e mais objetivo, mais seu cérebro é capaz de fazer uma associação rápida e algo que seja consistente e prolongado no seu sistema de memorização, que mergulha completamente na compreensão e na associação.

E outra questão é a possibilidade de, ao ver um esquema individual para cada autor, você  posicionar ele corretamente nos tempos e espaços que ele estava ao levantar determinado conceito. É bastante útil, a meu ver.

Cada dia estou mais convencida de que nada é questão de intensidade, mas de constância. Fazer um pouco por dia é muito mais vantajoso do que o intensivão do “vou terminar aquela droga hoje”! (Já chamou de droga, acha que vai dar alguma coisa certo?!)

Pois é, esse esquema de memorização por associação a mapas mentais tem me dado bastante credibilidade com meus pares e ímpares. O fato de você se dedicar alguns minutos a mais, tem grande impacto na forma como você se apropria daquele autor. Falar com destreza é uma arte e, como todas as artes, o que precede deve ser a prática, com amor e método, sempre.

Não posso deixar também de deixar os créditos para minha avó, linda, professora leiga da escola rural, escritora, administradora da família e da igreja e, sobretudo, uma florzinha. Ela me descreveu com detalhes como decora os versículos bíblicos e usei muito para pensar esse formato acadêmico. Obrigada, vó Vanú.

É isso amig@s, espero que seja útil.
Mari, espero que tenha valido a pena esperar tanto tempo...hehehe

Com amor,

Ju.

sexta-feira, 15 de abril de 2016

Como construir bons argumentos?



Essa semana estive no grupo de pesquisa e, junto com duas colegas, apresentamos um texto muito bacana de Antropologia. Uma das temáticas era umbanda e uma das colegas que é estrangeira, nunca tinha ouvido falar de nada parecido. Eu e minha outra parceira, durante o planejamento do trabalho, tivemos que fazer uma narrativa simples sobre o tema. Conforme íamos montando um cenário e explicando algumas ocupações que conhecíamos, fiquei pensando nessa construção de argumentos, na fala e na linguagem. Todos nós queremos falar bem, sempre. Isso é um problema e uma solução. Um problema porque todos querem falar e ninguém quer ouvir. Minhas últimas participações em comunicações científicas tem me decepcionado muito. Em nome do lattes, muito se fala, pouco se ouve, nada se troca. Mas, tem o lado da solução, por meio da fala, falamos...rs. SIMPLES. Maravilhoso! Expressão da vida!
 Falar sobre o que a colega não sabia foi mole, mas falar sobre um assunto que o grupo domina é difícil. E quando todos estão falando sobre um mesmo texto, ou seja, um assunto definido e enquadrado? Eu sempre ficava muito no óbvio e achava o máximo quem conseguia pegar um parágrafo e fazer uma analogia com outro autor, obra ou notícia. Mas isso deve ser feito com cuidado, para não ser chato.
- O assunto é Cidadania, um texto definido previamente que todos leram. Uma pessoa dá o pontapé inicial sobre a leitura e você fica pensando “ai, era isso que eu ia falar”, “putz, estão roubando minhas ideias”... e aí, acabou a aula, o semestre, a faculdade e você nunca fala nada, nunca. Tipo eu... NO PASSADO!
Durante uma aula, explanação, apresentação, ninguém quer falar besteira. Quer dizer, ninguém tem essa intenção, eu acho. Se você é assim, gente boa que nem eu (hehehe) que quer falar umas coisas legais e produtivas, essas dicas são para você:

Seus problemas acabaram!
1- Leia e entenda. Leia com atenção e procurando os argumentos. Leia novamente. “Li rapidinho, só as partes mais importantes...” Não seja ridículo (a), leia! O problema do mundo é a falta de AMOR e Intepretação TAMBÉM!!!
2- Leia o texto e procure dados do autor e da obra no Scholar Google, já é um assunto correlato e consistente. Procure falar sobre isso bem no início da explanação;
3- Ao ler o texto, faça um mapa mental (S2) [MEU QUERIDINHO nos registros]. Dessa forma você tem exatamente o formato do texto e pode falar sobre isso. Algo como, o autor separa o assunto em três grupos e argumenta que... Olha, isso faz sucesso, viu! Você é capaz de olhar o texto de cima, numa outra perspectiva de análise.
4- Claro que você deve treinar, com cobaias humanas ou no espelho. Como eu já disse antes, isso reduz as chances de vergonha generalizada.
5- Leve seu texto consigo, caso algum engraçadinho pergunte a página sobre a qual você falou na sua explanação digna de discurso na ONU. (Esperança, minha gente)
6- Durante sua leitura, escreva num cantinho da folha, frases ou autores que você poderia citar. Se ainda não se sentir preparado para uma boa inferência, ao menos você está se exercitando para um futuro próximo (Tenha fé). Planejamento é tudo. Eu sou lenta, minhas boas ideias nunca nascem na hora. Elas são amadurecidas. Planeje, então.
7- Esteja atento(a) ao momento presente. Esteja realmente naquele lugar, mostre interesse ao seu corpo. Se incline, faça expressões de entendimento. Deixe claro para seu corpo que você está prestando atenção. Isso ajuda o cérebro a despertar e encarar o momento com seriedade. E sem contar que a energia da conversa intencional te leva a chegar a boas ideias. Abaixa a cabeça só para ver o que te acontece, coisa linda!

Era isso que eu queria falar hoje.
Estive muito ocupada em um programa incrível de meditação online e acabei esquecendo um pouco o blog. Quando eu tiver outra coisa legal para dizer eu te falo.
Com amor,
Ju.